A gestão de custos na corretora de seguros é o processo sistemático de identificar, analisar e controlar todos os gastos da operação, desde comissões e tecnologia até despesas administrativas, com o objetivo de maximizar a margem de lucro e garantir a sustentabilidade financeira do negócio.

A gestão de custos é o que determina se uma corretora de seguros prosperará ou se juntará aos 42% das empresas que fecham as portas por não conseguirem calcular corretamente o nível de vendas necessário para cobrir custos e gerar lucro.

No mercado de seguros, essa realidade é ainda mais preocupante, pois muitas corretoras operam com margens apertadas e enfrentam crescente concorrência, tanto de grandes players quanto de plataformas digitais que prometem processos mais ágeis e custos reduzidos.

A gestão de custos eficiente não é apenas uma questão de sobrevivência, é o que separa corretoras bem-sucedidas daquelas que lutam para manter as portas abertas. Além disso, um controle financeiro adequado permite definir margens competitivas, investir em tecnologia e capacitação da equipe, e principalmente, construir uma operação sustentável no longo prazo. 

Neste artigo que a Quiver elaborou, você descobrirá como implementar um sistema de gestão de custos específico para corretoras de seguros, desde o mapeamento inicial até o uso de ferramentas tecnológicas que podem transformar seus resultados.

O que é gestão de custos e por que é fundamental para as corretoras?

A gestão de custos na corretora de seguros é o processo sistemático de identificar, analisar e controlar todos os gastos da operação. Diferentemente de outros segmentos, as corretoras lidam com estruturas de custos específicas que incluem desde comissões variáveis até investimentos em tecnologia especializada e compliance regulatório.

A gestão de custos na corretora de seguros é o processo sistemático de identificar, analisar e controlar todos os gastos da operação.

Para as corretoras, essa gestão vai muito além do controle tradicional de entrada e saída de dinheiro. Trata-se de entender profundamente como cada real investido impacta na capacidade de gerar novos negócios e fidelizar clientes. 

Por exemplo, o investimento em um sistema de multicálculo pode parecer um custo elevado inicialmente, mas seu retorno vem através da agilidade no atendimento e na possibilidade de oferecer cotações mais competitivas.

Os custos em uma corretora podem ser divididos em três categorias principais: custos fixos (aluguel, salários, sistemas), custos variáveis (comissões, marketing, combustível) e custos indiretos (contabilidade especializada, capacitações, seguros empresariais). Cada categoria demanda uma abordagem específica de controle e otimização.

A importância da gestão de custos para as corretoras fica evidente quando analisamos que uma redução de apenas 5% nos custos operacionais pode representar um aumento de até 25% na margem líquida, considerando as margens típicas do setor. Portanto, não se trata apenas de gastar menos, mas de gastar melhor e de forma estratégica.

Principais custos de uma corretora de seguros e como classificá-los

Entender a natureza dos custos é o primeiro passo para uma gestão eficiente. Em corretoras de seguros, os gastos apresentam características próprias que exigem classificação específica para controle adequado.

Custos fixos essenciais

Os custos fixos representam a base operacional da corretora. O aluguel do escritório, mesmo com o crescimento do trabalho remoto, continua sendo fundamental para atendimento presencial e credibilidade junto aos clientes. 

Além disso, os salários da equipe, incluindo corretores, assistentes e gerentes, formam a maior parcela dos custos fixos, podendo representar entre 40% e 60% dos gastos totais.

Além disso, os sistemas de gestão e softwares especializados são investimentos obrigatórios. Uma plataforma completa de multicálculo e gestão, por exemplo, pode custar entre R$ 200 e R$ 800 mensais, mas é essencial para a competitividade. 

Além disso, os sistemas de gestão e softwares especializados são investimentos obrigatórios. Uma plataforma completa de multicálculo e gestão, por exemplo, pode custar entre R$ 200 e R$ 800 mensais, mas é essencial para a competitividade. 

Contudo, não podemos esquecer das licenças e regulamentações, incluindo taxas da SUSEP, anuidades do corretor e certificações obrigatórias.

Custos variáveis estratégicos

As comissões de vendedores representam o maior desafio na gestão de custos variáveis, pois oscilam conforme a produção e podem ter regras diferentes para cada seguradora. O investimento em marketing e publicidade, embora variável, é crucial para captação de novos clientes, recomenda-se destinar entre 3% e 8% do faturamento para essa área.

Custos com deslocamentos, combustível e material de escritório, apesar de menores individualmente, podem surpreender no acumulado mensal se não forem monitorados adequadamente.

Custos indiretos necessários

A contabilidade especializada em seguros é fundamental, considerando a complexidade das operações e obrigações fiscais específicas do setor. Investimentos em capacitação da equipe garantem atualização constante sobre produtos e regulamentações. 

Por fim, seguros empresariais (responsabilidade civil, E&O) protegem a corretora contra riscos inerentes à atividade.

Etapas práticas para implementar gestão de custos eficiente

A implementação de um sistema eficaz de gestão de custos segue um processo estruturado que garante visibilidade completa sobre as finanças da corretora.

Etapa 1: mapeamento completo dos gastos 

Inicie com um levantamento detalhado de todos os gastos dos últimos 12 meses. Organize cada despesa por categoria (fixa, variável, indireta) e por centro de custo (comercial, administrativo, operacional). 

Durante esse processo, identifique custos ocultos como taxas bancárias desnecessárias, assinaturas não utilizadas ou processos manuais que consomem tempo excessivo da equipe.

Uma planilha inicial pode ajudar, mas considere migrar para sistemas mais robustos conforme o volume de dados aumenta. O importante é não deixar nenhum gasto de fora, por menor que seja.

Uma planilha inicial pode ajudar, mas considere migrar para sistemas mais robustos conforme o volume de dados aumenta. O importante é não deixar nenhum gasto de fora, por menor que seja.

Etapa 2: definição de orçamento estratégico 

Com o histórico em mãos, estabeleça metas realistas para cada categoria de custo. Por exemplo, se as comissões representaram 30% da receita no ano anterior, define se esse percentual está adequado ou se pode ser otimizado através de melhores negociações com seguradoras.

Projete o orçamento baseado não apenas no histórico, mas também nos objetivos de crescimento. Se a meta é aumentar o faturamento em 20%, alguns custos (como marketing) precisarão acompanhar proporcionalmente, enquanto outros (como aluguel) permanecerão estáveis.

Etapa 3: controle e monitoramento sistemático 

Implemente rotinas de acompanhamento mensal com relatórios que mostrem realizado versus orçado para cada categoria. Estabeleça indicadores-chave como percentual de custos sobre receita, custo de aquisição de cliente e margem por produto.

Utilize dashboards visuais que permitam identificar rapidamente desvios significativos. Um aumento inesperado de 15% nos custos operacionais, por exemplo, precisa ser investigado imediatamente.

Etapa 4: otimização contínua 

Mensalmente, analise os desvios e suas causas. Renegocie contratos com fornecedores anualmente, automatize processos repetitivos e elimine gastos desnecessários. A otimização deve ser encarada como um processo contínuo, não como uma ação pontual.

Ferramentas e tecnologias para controle de custos em corretoras

A tecnologia é aliada fundamental para transformar a gestão de custos de reativa em proativa. Sistemas especializados oferecem controle automatizado e insights que seriam impossíveis de obter manualmente.

Sistemas Integrados de Gestão

Plataformas completas para corretoras integram multicálculo, CRM, gestão financeira e controle de comissões em uma única solução. Esses sistemas permitem acompanhar em tempo real o desempenho financeiro da operação, desde a emissão de propostas até o recebimento de comissões.

O controle automatizado de comissões é especialmente valioso, pois elimina erros de cálculo e garante que os vendedores recebam exatamente o que foi acordado, evitando conflitos e retrabalhos.

O controle automatizado de comissões é especialmente valioso, pois elimina erros de cálculo e garante que os vendedores recebam exatamente o que foi acordado, evitando conflitos e retrabalhos.

Dashboards e Relatórios Inteligentes

Dashboards modernos apresentam indicadores financeiros de forma visual e intuitiva. É possível acompanhar a evolução dos custos por categoria, identificar tendências e receber alertas quando limites pré-estabelecidos são ultrapassados.

Relatórios personalizáveis permitem análises específicas, como rentabilidade por ramo de seguro, performance individual de vendedores ou eficiência de campanhas de marketing.

ROI dos Investimentos em Tecnologia

Considere que um sistema de gestão eficiente pode reduzir entre 20% e 40% o tempo gasto com atividades administrativas. Se um corretor dedica 10 horas semanais para controles manuais e consegue reduzir isso para 6 horas com automação, são 4 horas extras para focar em vendas.

O retorno sobre investimento também vem da redução de erros, multas por atrasos e pela capacidade de tomar decisões mais rápidas e assertivas baseadas em dados confiáveis. Uma plataforma que custa R$ 500 mensais pode gerar economia de R$ 2.000 ou mais em eficiência operacional.

A gestão de custos eficiente é o pilar que sustenta o crescimento sustentável de qualquer corretora de seguros. Como vimos ao longo deste artigo, não se trata apenas de cortar gastos, mas de entender profundamente cada investimento e seu impacto nos resultados da operação.

O papel do gestor ou dono da corretora nesse processo é fundamental. Além de liderar a implementação do sistema de controle, é necessário criar uma cultura organizacional onde todos compreendem a importância de cada real investido. 

A gestão de custos bem estruturada também prepara sua corretora para oportunidades futuras, como expansão para novos ramos, contratação de equipe adicional ou investimentos em tecnologias disruptivas. 

A gestão de custos bem estruturada também prepara sua corretora para oportunidades futuras, como expansão para novos ramos, contratação de equipe adicional ou investimentos em tecnologias disruptivas. 

Portanto, encare esse processo não como uma obrigação, mas como um investimento no futuro do seu negócio.

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